terça-feira, 25 de setembro de 2012

Apenas um conto


Foto: Seus cabelos eram ruivos, rebeldes, incrivelmente bagunçados e igualmente lindos. Era como qualquer outra menina, perdão isto é um equivoco, se você olhasse no fundo dos seus olhos, se você parasse alguns segundos para olhar o seu sorriso com aqueles dentes meio tortos veria que havia algo especial nela, a diferença que brilhava através daquela garota fazia uma garota comum alguém extremamente especial. 
    Coberta de sonhos passava a noite muitas vezes em tamanha insônia, pois as suas utopias não a deixava fechar os olhos. Certo dia, Ana Júlia – este era o nome da nossa amada personagem – resolveu sair do seu eterno comodismo, pegou suas poesias, partituras pôs tudo na sua mochila jeans surrada e disse em alto bom som, não apenas para o mundo, mas também para o seu pobre coração. 
- Todos estes sairão do papel, no fim do dia dormirei com a sensação de missão cumprida e finalmente terei uma noite tranquila. 
   A vida da menina mudou, em intensa correria as coisas se tornaram, fazia sempre duas ou três – houve vezes que mais do que isso – atividades ao mesmo tempo, palavras de efeito soltava e nem as sentia mais, seu namorado sentia a frieza, o iceberg que afundaria o Titanic. 
- Amor, quando iremos nos ver? Sinto sua falta... 
- Não sei, Fê. 
- Tem que marcar na agenda antes, é? – deu meio riso irônico – 
   Sua mania de olhar para o relógio tornou-se sua marca, ela não via mais nada apenas seus sonhos, apenas seu eu, e o egoísmo parece que é um bicho consome o ser muitas vezes por inteiro o leva a um abismo e este leva a outro, um ciclo vicioso que te faz perder mais do que ganhar. 
   Seu cabelo agora andava arrumado, suas letras agora dura e a melodia vazia, segundo ela era sinônimo de amadurecimento, no entanto sempre pensei que quando evoluímos é para melhor, enfim... Seu ego estava inflado, a vanglória tinha tomado conta de seu coração, saída com amigos, namorado, um tempo para agradecer? Isso não existia mais. O alvo ela tinha perdido, mas a cegueira não permitiu que ela enxergasse este fato. 
    E certa tarde um choque de realidade pôs seus pés de volta a terra. 
- Estou ligando apenas pra dizer que bem estou indo viajar, passar um tempo no Sul do país recebi uma proposta de trabalho e vou mergulhar de cabeça quem sabe isso me faça esquecer as coisas que não faz bem lembrar. 
- Que tipo de coisa? 
- Coisas como você, pois se a mesma já me esqueceu, porque eu, logo eu, tenho que lembrar de ti em todo tempo? 
- Não me esqueci de você. 
- Mas não faz nada pra dizer que lembra, não codifico coração, bem que queria para vê o que anda acontecendo com você... Eu não conheço essa Ana Júlia – disse ele dando ênfase ao nome da garota. 
- Eu sou a mesma do principio, eu sou a mesma 
   Houve um silêncio era como se Felipe deixasse a própria analisar como ia sua vida, ele não queria julgamentos a propósito assim como ela ele era um nada, humano imperfeito, e julgamentos não era algo que gostava de fazer. Os celulares foram desligados, ela apenas pegou sua bolsa – na correria, seu novo natural, não conferiu nada, apenas saiu. 
   Colocou a mão para parar um táxi, entrou e no caminho as lágrimas foram derramadas. 
   As cenas em sua mente eram vivas, mas distantes, o por do sol de novembro, a lua de janeiro, sentar, descansar e esquecer-se do tempo, apenas isso, olhar dentro dos olhos, sentir a brisa e amar um pouco – um pouco não, porque o amor nunca é demais – e o problema não era apenas com Felipe, talvez antes fosse, era com todos, até mesmo com seus pais, ela não sabia mais o que era um coração aquecido, um aconchego. 
   Chegou ao aeroporto olhava por todos os lados procurando uma cabeleira cacheada, mas não achava, isso aumentava seu desespero, ela queria recomeçar e estava disposta a começar isso dizendo olhando para os olhos dele. 
   Decidiu ir para o Sul, sabia que ele ia para a casinha que a família dele possuía lá Porto Alegre dois anos atrás a mesma tinha ido conhecer-la.
   Chegou ao balcão com seus olhos vermelhos e cabeça em outro lugar. Respondia tudo rapidamente como uma máquina até que...
- Senhora, senhora... – disse a moça – Seus documentos, por favor. 
   A sua bolsa foi vasculhada, tirou tudo que tinha: dinheiro, cartão, maquiagem, agenda, canetas, fotos, livros, tudo... E baixinho proferiu a frase de duplo sentido que fez seu coração se parti mais um pouco, agora a realidade estava mais explicita para Ana Júlia.
- Esqueci a identidade em meio à correria. 
    
(OES)

    Seus cabelos eram ruivos, rebeldes, incrivelmente bagunçados e igualmente lindos. Era como qualquer outra menina, perdão isto é um equivoco, se você olhasse no fundo dos seus olhos, se você parasse alguns segundos para olhar o seu sorriso c
om aqueles dentes meio tortos veria que havia algo especial nela, a diferença que brilhava através daquela garota fazia uma garota comum alguém extremamente especial. 
Coberta de sonhos passava a noite muitas vezes em tamanha insônia, pois as suas utopias não a deixava fechar os olhos. Certo dia, Ana Júlia – este era o nome da nossa amada personagem – resolveu sair do seu eterno comodismo, pegou suas poesias, partituras pôs tudo na sua mochila jeans surrada e disse em alto bom som, não apenas para o mundo, mas também para o seu pobre coração. 
- Todos estes sairão do papel, no fim do dia dormirei com a sensação de missão cumprida e finalmente terei uma noite tranquila. 
     A vida da menina mudou, em intensa correria as coisas se tornaram, fazia sempre duas ou três – houve vezes que mais do que isso – atividades ao mesmo tempo, palavras de efeito soltava e nem as sentia mais, seu namorado sentia a frieza, o iceberg que afundaria o Titanic. 
- Amor, quando iremos nos ver? Sinto sua falta... 
- Não sei, Fê. 
- Tem que marcar na agenda antes, é? – deu meio riso irônico – 
    Sua mania de olhar para o relógio tornou-se sua marca, ela não via mais nada apenas seus sonhos, apenas seu eu, e o egoísmo parece que é um bicho consome o ser muitas vezes por inteiro o leva a um abismo e este leva a outro, um ciclo vicioso que te faz perder mais do que ganhar. 
Seu cabelo agora andava arrumado, suas letras agora dura e a melodia vazia, segundo ela era sinônimo de amadurecimento, no entanto sempre pensei que quando evoluímos é para melhor, enfim... Seu ego estava inflado, a vanglória tinha tomado conta de seu coração, saída com amigos, namorado, um tempo para agradecer? Isso não existia mais. O alvo ela tinha perdido, mas a cegueira não permitiu que ela enxergasse este fato. 
E certa tarde um choque de realidade pôs seus pés de volta a terra. 
- Estou ligando apenas pra dizer que bem estou indo viajar, passar um tempo no Sul do país recebi uma proposta de trabalho e vou mergulhar de cabeça quem sabe isso me faça esquecer as coisas que não faz bem lembrar. 
- Que tipo de coisa? 
- Coisas como você, pois se a mesma já me esqueceu, porque eu, logo eu, tenho que lembrar de ti em todo tempo? 
- Não me esqueci de você. 
- Mas não faz nada pra dizer que lembra, não codifico coração, bem que queria para vê o que anda acontecendo com você... Eu não conheço essa Ana Júlia – disse ele dando ênfase ao nome da garota. 
- Eu sou a mesma do principio, eu sou a mesma 
    Houve um silêncio era como se Felipe deixasse a própria analisar como ia sua vida, ele não queria julgamentos a propósito assim como ela ele era um nada, humano imperfeito, e julgamentos não era algo que gostava de fazer. Os celulares foram desligados, ela apenas pegou sua bolsa – na correria, seu novo natural, não conferiu nada, apenas saiu. 
Colocou a mão para parar um táxi, entrou e no caminho as lágrimas foram derramadas. 
     As cenas em sua mente eram vivas, mas distantes, o por do sol de novembro, a lua de janeiro, sentar, descansar e esquecer-se do tempo, apenas isso, olhar dentro dos olhos, sentir a brisa e amar um pouco – um pouco não, porque o amor nunca é demais – e o problema não era apenas com Felipe, talvez antes fosse, era com todos, até mesmo com seus pais, ela não sabia mais o que era um coração aquecido, um aconchego. 
    Chegou ao aeroporto olhava por todos os lados procurando uma cabeleira cacheada, mas não achava, isso aumentava seu desespero, ela queria recomeçar e estava disposta a começar isso dizendo olhando para os olhos dele. 
    Decidiu ir para o Sul, sabia que ele ia para a casinha que a família dele possuía lá Porto Alegre dois anos atrás a mesma tinha ido conhecer-la.
Chegou ao balcão com seus olhos vermelhos e cabeça em outro lugar. Respondia tudo rapidamente como uma máquina até que...
- Senhora, senhora... – disse a moça – Seus documentos, por favor. 
   A sua bolsa foi vasculhada, tirou tudo que tinha: dinheiro, cartão, maquiagem, agenda, canetas, fotos, livros, tudo... E baixinho proferiu a frase de duplo sentido que fez seu coração se parti mais um pouco, agora a realidade estava mais explicita para Ana Júlia.
- Esqueci a identidade em meio à correria. 



XOXO, @nicksfun
(OES)

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