quinta-feira, 26 de julho de 2012

Um clima bom.

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  Estava me lembrando de um certo concurso que participei há alguns anos atrás... Lembro que assim que fiz a inscrição comecei a pensar sobre o que eu iria escrever, conversei com minha irmã - Natalia - e chegamos a uma conclusão: Eu escreveria sobre o desmatamento, não porque me sentia comovida com o meio ambiente, apesar de gostar muito dele, aquela poesia só era um meio rápido para ganhar o concurso, pois em nossas mentes todos iriam se comover com a forma de uma menina de 13 (ou 14 anos, não lembro disso perfeitamente.) se incomodar com questões ambientais.. Fiz algo meio louco, não lembro muito, mas foi bastante tenso e para resumir esse capítulo trágico da minha vida aconteceu que nem dá primeira fase eu passei (ahahaha) algum tempo depois analisei esse fato de cima para baixo e de baixo para cima e obtive mais conclusões e teorias: eu não tinha feito o que eu amava e só isso estragou 90% da poesia, pois tinha/tem que rolar aquele clima bom, aquela química que te envolve nas palavras... Algo que sai naturalmente e sem querer escrever algo que comova o público, mas sim algo que converse com você. 
  Atualmente vivo um relacionamento sério com as palavras e o que antes era dor de cotovelo, chatices minhas evoluiu bastante (acho que cresci nessa área), venho estudando literatura brasileira sempre quando sobra um tempinho, quando tenho dúvida peço a minha professora de português para tirá-la, mas mesmo assim não é o suficiente, pois escrever vai além disto, é dançar com as palavras e brincar com elas de uma forma simples e amável, é sentir aquela brisinha batendo no rosto e te deixando mais calma, pois se é algo que não rola de forma alguma é: fazer sobre pressão, pois nunca sai nada bom. Não limito este texto somente ao campo da escrita, mas tudo que você fizer: faça porque gosta, porque ama, não faça por dinheiro, reconhecimento e fama, por favor, se é algo que me deixa triste é pessoas que querem certas profissões apenas por valores monetários, por status entre essas coisas. 
  Tenho medo de um dia escrever por aplausos, vendas, comentários, visualizações.. Me tornar uma pessoa que busca isso e esquece do mais importante: da forma que as palavras me deixam, de como minha mente começa a viajar quando penso em uma história ou fico buscando algo por toda parte para escrever... Tenho medo também de me calar, ser hipócrita... Ando me interessando muito por jornalismo pelo fato de muitos escritores como José (lindo) de Alencar terem executado  esta profissão e através dela se expressar, fazer críticas sobre a sociedade de sua época de forma simples e ágil, mas o jornalismo de hoje está tão fraco que tenho medo de me vender como eles (espero que isso nunca aconteça).
  Mas lembrando que no amor não há medo, então que a cada dia no meu coração esses meus medos venham fugir e o amor a qual tanto falei, o clima bom etc, venha se sobressair. Escrever é uma arte que quero praticar por toda minha vida e isto já é certo, hoje (não mais porque já passam das 00:13, mas vamos  pensar nesse hoje como dia 25 de julho, okay?) dia do escritor fico simplesmente a pensar nisso: O que te faz um escritor não é o reconhecimento, a academia de letras ou um livro bastante vendido, mas sim o que te move a escrever e se for o amor se considere um escritor. 


Parabéns para nós, escritores. 
Que o clima bom sempre venha nos envolver.

"Limitar a escrita é como cortar as asas de um pássaro." 
Abraços, @nicksfun

(Obrigada Espírito Santo por toda inspiração, glórias a Ti, sempre. <3)


Um comentário:

  1. Adorei seu texto, e feliz dia do escritor (atrasado, desculpe.)

    Bjin*

    http://florescerepalavrear.blogspot.com.br/

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